segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma paixão!




Tudo começou em 2008, quando pela primeira vez olhares se trocaram.

Ela uma jovem alta, morena, alegre, simpática, simples e muito humilde. Por sua vez ele um rapaz charmoso, elegante, divertido.
Os dois perdidos na multidão acabaram por chocar, pedindo desculpa pelo incidente, sem saber o que o destino lhes reservava.
Serena como sempre ela sorria sem imaginar que era observada.
A noite foi divertida como tantas outras naquele local, sem nunca se ter cruzado com aquele rapaz misterioso.

No dia seguinte o acordar foi diferente, uma mensagem inquietante parou no seu telemóvel, " O teu perfume ainda está em mim! ", sem saber o autor da mensagem esperou... Aquele rapaz misterioso conseguira o seu contacto.

Como Deus não dá ponto sem nó acabaram por se encontrar e conversar, foram vários os encontros e várias foram as conversas, assim nasceu uma linda amizade.
Passaram muitos meses e a amizade foi crescendo até que um dia ela teve que se afastar, algo mais que amizade lhe abalava o coração e lhe dizia para se afastar.
O afastamento durou longos nove meses, ele sempre incessante tentava guardar a amizade e ela sempre fugindo deixou a amizade de lado, até não aguentar mais.

O reencontro destes amigos não se consegue descrever, foi simplesmente lindo!

Ele imóvel de coração opresso como que sem respirar olhou-a, depois de nove meses nada havia mudado.
Ela passou-lhe os braços nus, em volta do pescoço e, num súbito gesto de encontro à sua boca um longo beijo de amor surgiu...

Quanto tempo durou aquele beijo?
Que aconteceu depois?
Ninguém o sabe dizer.


Amor vivo

Amar! mas dum amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delírios e desejos
Duma doida cabeça escandecida...

Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser - e não só beijos
Dados no ar - delírios e desejos -
Mas amor... dos amores que têm a vida...

Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
Não virá dissipá-lo nos meus braços
Como névoa da vaga fantasia...

Nem murchará do sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra uns débeis amores... se têm vida?


(Antero de Quental)